Como Não Esquecer o Que Estudou?

Por acaso, já ocorreu de você ler um livro e aí algum tempo depois você tem dificuldade para poder explicar os conceitos fundamentais desse mesmo livro? Então, como não esquecer o que estudou?

 Esse é um problema comum, já que nós não fomos tão bem educados para estudar como se deve.  Uma coisa é a fluência na leitura e outra COMPLETAMENTE DIFERENTE é a compreensão do texto.  Mas a boa é que tem jeito de ler bem e compreender tudo.

Geralmente a gente acha que o fato de ler um livro fluentemente vai fazer com que a gente compreenda todo o seu conteúdo e que vamos reter todas as informações encontradas.

Achamos que vamos guardar tudo para sempre pelo simples fato que termos lido uma vez, mas não é assim que o cérebro funciona. Não vou entrar em detalhes de neurociência, mas o fato é que não é assim que o cérebro funciona.


Nosso Podcast de Hoje:

Nesse episódio falamos sobre o passo a passo para começar a estudar para concursos do absoluto ZERO, Diego continua a se debater com a possibilidade de ter um canal no Youtube, por onde anda Carmen Sandiego e concursos na lua. Ouve aí!


Como ler e fixar tudo que é importante?

Como começar a estudar para concurso

A primeira coisa importante é deixar claro que para que possamos fazer com que a nossa leitura seja produtiva precisamos ter consciência de que não basta ler uma vez só. Mas vamos falar disso mais adiante.

Eu proponho um exercício de teste. Você está lendo o livro e encontrou um conceito importante que fez com que você compreende que tá acontecendo. Nesse momento você fecha o livro que acabou de ler e aí tenta pensar, sem ler, sem consultar, e tenta reproduzir aquilo na sua cabeça para poder você explicar aquilo que acabou de ler.


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Você leu, fechou o livro e agora tem que explicar. Como se tivesse falando com outra pessoa. Se não conseguir explicar, significa, em resumo, que você não compreendeu aquele conteúdo.

Isso quer dizer que você leu, teve fluência, mas você na verdade não gerou as conexões neurais necessárias para que aquele conteúdo fosse de fato incorporado à sua inteligência. Esse exercício faz com que a sua inteligência realmente seja muito fortalecida.

Como Não Esquecer o Que Estudou: E a releitura?

Como Não Esquecer o Que Estudou

Releituras trazem algumas armadilhas. Quase sempre supomos que, ao reler aquele conteúdo, vamos ver mais uma vez, igualmente. O problema é que a leitura tem um aspecto passivo que pode ser muito perigoso para a nossa inteligência.


É como se você estivesse querendo aprender a fazer um bolo, por exemplo. Ninguém vai imaginar que basta assistir alguém fazendo um bolo várias e várias vezes e será capaz de aprender, mas não é verdade, porque a gente precisa exercitar.

E isso é igual com a inteligência. Esse exercício que foi proposto é desconfortável, causa preguiça, mas é algo que você precisa exercitar. Caso contrário você corre o risco de ler, ler, ler e nunca aprender realmente.

Você pode se sentir confortável sendo fluente, acompanhando o raciocínio do autor, mas você está fugindo de todas as maneiras do exercício de pensar por si mesmo e incorporar aquelas ideias.

É indispensável refletir e articular essas ideias a com as suas próprias palavras, ou seja, de forma muito mais ativa e não de forma passiva.

Como lembrar de tudo que foi estudado?

Nossa memória tem algumas dinâmicas. Nós temos memórias de curto, médio e longo prazo. Para as memórias de longo prazo, exige-se um exercício permanente de fortalecimento.

Até que ela chega a um ponto em que se torna natural, que se torna algo automático, ou seja, quando você ler pela primeira vez já vai ser suficiente para se lembrar. Isso porque o nosso cérebro gera uma determinada quantidade de qualidade de conexão.


Todavia, se você não retomar esses conhecimentos em breve isso vai se esvaindo. Então se a gente aprende alguma coisa, mas não exercita isso em curto período de tempo, aquilo se esvai,  é esquecido.

Portanto uma forma adequada (e na verdade extremamente eficiente) de nós entendemos é retomar aqueles conteúdos, seja explicando para alguém seja repetindo para si mesmo, seja fazendo um teste.

Não é reler, o que pode ser uma armadilha, mas retomar esses conteúdos de forma ativa para que aquilo se repita e essa repetição vai exercitar a sua inteligência e fazer com que os conteúdos sejam melhor guardados na sua inteligência.

Aplicando essa técnica com frequências regulares (sempre indicamos os períodos de 24 horas, 7 dias, 14 dias e 30 dias), qualquer que seja o assunto estudado, ele vai ser a recuperado com muita facilidade.

Um exemplo disso é a a facilidade com a qual nós recuperamos a linguagem. A gente não precisa ficar o tempo todo nos lembrando de regras de gramática porque isso já está incorporado, isso já é rotina isso já está automatizado com conhecimento.

Explicar para aprender: a técnica infalível

Como Não Esquecer o Que Estudou
Como Não Esquecer o Que Estudou: descubra a técnica infalível

É por isso que professores têm algumas vantagens em relação a essa habilidade. Porque não basta saber o conteúdo, é preciso saber o suficiente para explicar para pessoas que talvez nunca tenham ouvido falar dele.

Todos nós aprendemos muito quando explicamos, porque às vezes o próprio ato de explicar faz com que uma série de dinâmicas contribuam pra nossa aprendizagem ou seja explicar não é só um ato de ensinar é um ato de aprender também.

Nesse mesmo sentido (e pelo mesmo motivo), outra armadilha que é muito perigosa é grifar. Eu gosto de grifar, mas é preciso ter em mente a armadilha que pode se instalar.

É ter a ilusão de que o ato de grifar é sinônimo de compreender. A gente grifa e supõe que é o suficiente, sente-se confortável, e não faz aquele exercício que é indispensável.

Fechar o livro e se lembrar daquele conceito e reproduzir com as suas próprias palavras, explicar para si mesmo.

Então grifar livros pode ser uma armadilha se você está mentindo para si mesmo. Grifar é muito útil quando você está fazendo uma pesquisa e você precisa depois consultar esse livro pra pegar citações ou para poder lembrar de determinados pontos do livro.

Nesse caso, tudo bem, mas é preciso ter consciência e não se enganar, imaginando que grifar é o suficiente.

Uma armadilha ainda mais perigosa

Como Não Esquecer o Que Estudou: Atenção com a armadilha das cópias!

Outra ilusão é tirar cópia do livro, a famosa xerox. A gente tira cópia de um livro e acha que já domina aquele conteúdo, só pelo ato de ter copiado. Isso pode acontecer até inconscientemente.

Atualmente, com os downloads, pode ser pior ainda, porque pode achar que o ato de ter aqueles livros por perto que faz com que a pessoa se sinta habilitada a discutir aqueles autores.

É preciso sempre estar alerta para verificar se você realmente compreendeu aquele conteúdo ou se você só fingiu pra si mesma(o) e caiu em uma das armadilhas. É importante que todos nós usemos estratégias mais inteligentes pra poder lidar com o conhecimento.

Como Não Esquecer o Que Estudou: Conclusão

Não é hora de ter preguiça, não é hora de procrastinações disfarçadas. Tenha uma relação mais ativa com conhecimento. Essa mudança, por ser um pouco mais trabalhosa, pode causar resistência.

Mas faça o teste. Experimente por um mês ou dois as técnicas que sugerimos a você nesse artigo e compare seus desempenhos antes e depois. Eu garanto que vai se surpreender MUITO.

Então, o que aprendemos no artigo “Como Não Esquecer o Que Estudou”? Vamos recapitular.

  1. Exercite a leitura ativa, fazendo o exercício que propomos;
  2. Não caia na armadilha da releitura;
  3. Revisões programadas, da forma proposta, são indispensáveis;
  4. Prepare uma aula e veja as dúvidas que surgem no processo;
  5. Se precisar copiar parte do material, não esqueça de aplicar todas as regras que ensinamos.

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