Simulados. Uns amam, outros odeiam. Simulados são nada mais, nada menos, do que uma reunião de questões de nível de dificuldade similar ou mesmo de provas antigas do concurso que você tem estudado tanto.
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Apesar de serem unanimidade entre os aprovados, é um dos pontos mais negligenciados pelos concurseiros.
Não os culpo. Simulados são extremamente traiçoeiros. Tá, não é que os simulados são como animais perigosos, prontos para nos enganar. Mas os resultados dos simulados podem causar inúmeros sentimentos diferentes em cada uma das pessoas.
Vamos analisar cada uma das possibilidades.
OBA! Fui muito bem.
Você abre o gabarito e já sente aquela sensação boa.
Parece que está sentindo que dessa vez arrebentou. Passa de questão a questão, quase sempre fazendo o sinal de certo ao lado.
Comemora as sequências positivas e ri quando erra uma pergunta. Termina de corrigir e respira, triunfante: agora estou preparado.
Certo?
Errado.
Um resultado positivo pode sim significar que você está preparado, que o cronograma de estudos está correto e dando resultados. Mas nem sempre é assim.
Pode ser que tenham caído questões que você já tinha visto antes, os exemplos dados em aula podem ter ilustrado os enunciados ou mesmo que acertou todas aquelas questões que ficou entre duas e chutou.
Não estou querendo te colocar para baixo, mas apenas te mostrar que um resultado positivo pode ter inúmeras razões e, caso signifique que você realmente está preparado, é motivo para intensificar e continuar o que vem fazendo e não relaxar.
O resultado pode ser um falso positivo ou traduzir exatamente o nível que você está: não importa, não se deixe levar pelo ego e não relaxe.
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Que droga, fui muito mal.
Depois dos primeiros “x” marcados você já começa a suar. Sente medo de olhar a resposta das próximas questões. Pensa em desistir da correção inúmeras vezes até que, finalmente, chega à conclusão: isso não é pra mim.
Certo?
Errado.
Exatamente da mesma forma de quando você vai bem, um resultado negativo pode ser consequência de inúmeras variáveis.
Você podia não estar bem no dia, as questões cobradas pegaram o seu ponto fraco das matérias ou mesmo pode ser que não estivesse ainda no nível de exigência daquela prova.
Mas isso não significa, de forma nenhuma, que a aprovação no concurso público seja algo impossível para você.
Alguns resultados negativos podem significar que a rotina precisa ser repensada, o cronograma refeito ou intensificado.
Mas antes de pensar em qualquer alteração na sua metodologia de estudo, pergunte-se: quantos simulados eu fiz no último mês?
Lembre-se que o objetivo do treino é justamente para conseguirmos ver onde ainda não estamos bem, então errar aqui é melhor do que errar na hora da prova.
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Na grande maioria das vezes concurseiros que vão mal em provas fazem poucos simulados.
E aqui é um ponto chave: muito provavelmente você é daqueles que faz poucos ou nenhum simulado durante a sua preparação.
Para deixar claro, quando eu digo simulados me refiro não apenas a resolução de questões.
Fazer exercícios e solucionar questões de provas anteriores ajuda muito e é indispensável.
Te ensina quais os temas mais cobrados nas provas do concurso que você pretende prestar, fixa o conteúdo estudado, te mostra o pensamento da banca examinadora, exercita a sua atenção ao se deparar com enunciados mais longos, força o raciocínio para questões complexas e escancara seus pontos fracos.
A releitura das questões erradas é até mais importante do que fazer a prova pela primeira vez.
É natural que guardemos na memória aquele erro bobo, aquela questão perdida ou falta de atenção na matéria que temos mais facilidade.
Porém, precisamos ir além.
O momento da prova deve ser o seu habitat natural.
Sentar-se em frente ao computador no seu quarto e resolver 10 questões em meia hora entre uma olhada e outra na sua rede social favorita é uma coisa.
Outra coisa absolutamente diferente é se sentar em uma cadeira por 4 horas com a atenção integralmente voltada a responder 80 questões seguidas com toda a pressão de meses de estudos para chegar até aquele momento.
Eu sei que existe uma pressão natural, uma ansiedade que acompanha o dia da prova.
E quando chegar, você simplesmente precisa estar acostumado, no mínimo, com essa experiência.
O seu corpo deve estar acostumado. Você deve conseguir se sentar de uma forma confortável, sem dores nas costas ou nos braços. Suas pernas devem estar em uma posição agradável. Você deve estar, na medida do possível, tranquilo.
A sua mente deve estar acostumada. Fazer uma prova longa é extremamente desgastante. Parece que as horas passam e levam consigo o seu ânimo.
As questões finais são lidas com menos afinco e os chutes saem bem mais cedo. Aquela garra de não deixar nenhuma questão para trás que te acompanhava no começo da prova já não está mais com você.
E é por isso que você deve treinar, treinar e treinar para chegar no dia preparado.
O treino em casa: faça simulados ao menos uma vez por mês.
Essa é a minha indicação. Ao menos uma vez por mês reserve o número de horas idêntico ao da prova que você está se preparando, pegue uma das provas antigas que ainda não fez e a imprima.
Avise todos da sua casa para não incomodarem pelas horas próximas. Peça para o marido ou para a esposa cuidar do filho pequeno.
Separe o que você costuma comer em provas: uma garrafa de água, uma barra de chocolate, um biscoito salgado ou uma fruta.
Sente-se em uma mesa confortável, com boa iluminação e arejada.
Preferencialmente, pegue um relógio de pulso para marcar o tempo, guarde o celular em uma gaveta em outro cômodo e desligue o computador.
Caso não tenha o relógio, coloque o cronômetro no celular e o deixe longe de você.
Pronto, agora aja exatamente como se estivesse em prova. Brigue por cada questão, levante-se poucas vezes para ir ao banheiro, não converse com outras pessoas da sua casa.
Tenha esse momento da prova como o seu habitat natural, sinta-se confortável com o silêncio, com o longo período sentado com atenção plena e com os enunciados das questões.
Repita esse procedimento ao menos uma vez por mês. Não tenho dúvidas que estar com o corpo e com a mente preparados para esse momento diminuirão sua ansiedade, aumentarão sua concentração e te deixarão mais próximo da aprovação.
Depois, claro, faça uma correção olhando o porquê de cada acerto e de cada erro nas questões, aproveite para fazer uma revisão geral na correção.
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